terça-feira, 17 de abril de 2012

Novo acordo ortográfico: Você já reaprendeu a escrever?

Tira hífen, coloca hífen, dobra a consoante. Cai o trema e o acento circunflexo. Desde 2009, estas e outras mudanças no modo como escrevemos já devem sido motivos para corrigir exercícios e, principalmente, redações de muita gente que se prepara para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) . É bom ficar atento às alterações feitas em virtude do acordo ortográfico entre os países de língua portuguesa. Mandar bem na leitura e praticar a escrita é a melhor maneira de deixar as novas regras fresquinhas na cabeça e manter-se à frente dos seus concorrentes.


Sim, sabemos que é um pouco custoso reaprender a escrever corretamente em dois anos tudo o que havíamos aprendido durante mais de dez. Mas o cérebro é capaz de absorver novas informações e fixá-las com treinamento constante.

Algumas alterações são básicas e devem estar na ponta da língua. Você deve saber que o alfabeto agora tem 26 letras - incorporou K, W e Y; o trema não é mais usado; o acento em palavras paroxítonas com ditongos abertos (jiboia, colmeia, epopeia) deve ser desconsiderado.

O hífen tornou-se o tormento de muitos. “Não tenho muitas dúvidas em relação às mudanças, mas o hífen ainda me causa dúvidas na hora de escrever”, conta a aluna da Oficina do Estudante Giovana Possebon.

Para conquistar uma vaga no curso de Medicina de uma grande universidade pública, a campineira de 19 anos adotou uma tática. “Quando escrevo, uso todas as regras que me lembro, não uso mais a ortografia anterior. Além disso, presto atenção na forma como as revistas e jornais escrevem. A leitura do dia a dia ajuda bastante.”

Na sala de aula do Cursinho da Poli-USP, em São Paulo, o professor de Língua Portuguesa e Redação, Roberto Gonçalves Juliano, reserva pelo menos duas aulas, logo no início do curso, para falar sobre as mudanças na ortografia. Ele observa que a dificuldade apresentada por Giovana é o calcanhar de Aquiles da turma. “Trema e acentos são tópicos que foram assimilados, mas hífen ainda gera dúvida.” Para Juliano, as mudanças são poucas, por isso não existe uma grande estratégia de estudo. “Recomendo apenas que façam o exercício de colocar as palavras lado a lado e comparar a antiga e a nova maneira de escrever.”

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas com o novo acordo ortográfico, nesta situação a maneira mais simples de estudar é entender o uso do símbolo com os prefixos mais usuais.

Fonte: Universia

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ensino à distância ganha credibilidade

Quando Daniel Filippon resolveu voltar à faculdade 10 anos depois, em 2009, deparou-se com mensalidades altas e horários fixos demais para a sua vida atual. "A rotina me mata e voltar para a universidade me custaria a parcela de um apartamento por mês", recorda. A solução foi fazer o curso escolhido, Gestão da Tecnologia da Informação, à distância, na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). "Agora pago metade do preço de um curso tradicional", afirma o aluno, que monta os seus próprios horários de estudo.

Esse é o principal objetivo da educação à distância: a flexibilidade. "Aquele que procura essa modalidade não tem disponibilidade de se deslocar para um determinado lugar e estar presente em 75% das aulas", explica o especialista em Tecnologia Educacional Wendel Freire sobre um modelo de ensino que cresce 40% ao ano. "Escolha e adequação não são decididas por um educador ou por um sistema qualquer, mas pelo indivíduo e pelas suas demandas", completa.

Freire alerta para a escolha do curso. O aluno interessado no ensino a distância deve descobrir o máximo possível sobre a estruturação do curso, desde o modelo de tutoria e da formação dos professores até o tempo de resposta às solicitações do aluno, além das ferramentas de comunicação e de seus usos. Além disso, sempre é válido buscar informações fora da instituição, como fez Filippon. "Levei em conta a indicação de alguns colegas e o fato de que a Unisul é referência nacional EaD", afirma.

Outra questão importante na hora da escolha é o formato. Ao ter uma plataforma digital, os cursos de EaD possuem um potencial de comunicação multidirecional, ou seja, a interatividade entre professor e aluno e entre os próprios colegas é infinita. Porém, muitos deles estruturam-se como um modelo unidirecional, em que o aluno apenas recebe conteúdo. "Isso os torna tecnicistas e devem ser evitados, pois não exploram o que há de mais positivo da presença das novas tecnologias: a liberação do polo de emissão", lamenta Freire.

Apesar das possibilidades interativas que a tecnologia trouxe para o universo dos estudos, a convivência entre os alunos ainda faz falta para quem estuda nesse novo formato de aulas. "É quase zero, eu gostava muito de conviver com os colegas na época em que estava na faculdade normal", lembra Filippon. Porém, Freire acredita que há, sim, convívio entre os estudantes, já que essa estrutura de ensino inclui encontros presenciais, fóruns e chats. "Veremos em um futuro breve uma aproximação das plataformas de ensino à distância com os formatos comunicacionais das chamadas redes sociais", diz. Para o educador, assim as relações entre os colegas ficará mais estreitas, o que vai possibilitar a diminuição do que, nao sua opinião, é o maior problema da educação à distância, que é o alto índice de evasão.

Outro problema já em parte superado no Brasil reside no preconceito com esse modelo pouco tradicional de ensinar. "A palavra 'distância' acaba carimbando nessa modalidade a ideia de que não há proximidade, o que não é verdade, pois muitas vezes acontecem mais interações nesses espaços do que no ensino presencial", conta Freire. Para Filippon, há quem olhe com cara feia para os EaDs, porém o mercado de Tecnologia da Informação - acostumado com o mundo digital - dá menos valor para o formato da graduação e mais para o reconhecimento do profissional. "O canudo agora é só para definir contratação, não se analisa onde a pessoa estudou", opina.

Fonte: Terra

terça-feira, 3 de abril de 2012

Cresce a procura por cursos técnicos

De acordo com as estimativas da Secretária de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec – MEC), em 2011 o número de matrículas nos cursos técnicos representou de 15% a 18% do total das inscrições no ensino médio, quase o dobro do percentual de cinco anos atrás. Isso significa um contingente de 1,5 milhões de alunos nesses cursos.

“A formação técnica é importante para o desenvolvimento do setor produtivo, por ter um foco prático. Atualmente, vivemos um apagão de mão de obra em diversos setores da economia. O ensino técnico contribui com a qualificação profissional e, consequentemente, com o desenvolvimento socioeconômico do País”, afirma Roland Zottele, gerente de desenvolvimento do Senac São Paulo.  

Com o crescimento do setor e a procura por cursos técnicos, as escolas técnicas estão voltadas para uma educação profissional técnica de nível médio, os cursos oferecidos são desenvolvidos para atender às necessidades do exigidas pelo mercado.       

De acordo com o Senac  os cursos mais procurados são: técnico em administração, técnico em contabilidade, técnico em design de interiores, técnico em enfermagem, técnico em estética, técnico em farmácia, técnico em logística, técnico em massoterapia, técnico em meio ambiente, técnico em nutrição e dietética, técnico em podologia e técnico em segurança do trabalho.

Texto: Ana Bastos